Resenha do livro “Homeopatia não é Efeito Placebo”: comprovação das evidências científicas da homeopatia - Revista de Homeopatia (São Paulo) - 2025 Ragacini, Leonardo. Resenha do livro “Homeopatia não é Efeito Placebo”: comprovação das evidências científicas da homeopatia. Revista de Homeopatia (São Paulo) 2025; 86(1-2): 56-58. Disponível em: Revista de Homeopatia (APH) / Portal Regional da BVS / Portal Regional da BVS - Texto completo
RESUMO O livro “Homeopatia não é Efeito Placebo”: comprovação das evidências científicas da Homeopatia, de Marcus Zulian Teixeira (2024), é uma defesa fundamentada da homeopatia a partir de evidências científicas contemporâneas. A obra amplia o "Dossiê Especial: Evidências Científicas em Homeopatia" (Cremesp, 2017) e tem como objetivo combater a visão de que a homeopatia não possui base científica ou que seus resultados se devem apenas ao efeito placebo. Teixeira apresenta os fundamentos epistemológicos da prática homeopática, o princípio da similitude (similia similibus curentur), a experimentação patogenética, o uso de medicamentos dinamizados (ultradiluições) e o tratamento individualizado. Ele relaciona o princípio da similitude ao “efeito rebote” farmacológico e cita pesquisas que demonstram a atividade biológica das ultradiluições, possivelmente explicada por alterações eletromagnéticas na água, associadas ao conceito de “memória da água”. O autor dedica grande parte da obra à análise de estudos clínicos e epidemiológicos, incluindo ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas e meta-análises que indicariam efeitos terapêuticos além do placebo. Teixeira compara proporções semelhantes de resultados positivos entre a homeopatia e a medicina convencional, argumentando que as conclusões negativas decorrem de vieses metodológicos. Critica, em especial, a meta-análise de Shang et al. (2005) e o relatório australiano do NHMRC (2015) por falhas e omissões. Na parte final, o autor aborda o “pseudoceticismo”, termo que usa para designar críticas dogmáticas e não científicas à homeopatia. Ele denuncia estratégias como ataques pessoais, distorções e divulgação midiática enviesada, defendendo uma avaliação científica imparcial e aberta às evidências disponíveis. Em síntese, a obra de Teixeira combina revisão científica e defesa epistemológica da homeopatia, reafirmando sua eficácia clínica quando praticada segundo seus princípios e chamando à responsabilidade crítica e ética da comunidade científica. ABSTRACT Marcus Zulian Teixeira’s 2024 book “Homeopathy is not Placebo Effect: Proof of Scientific Evidence for Homeopathy” is a comprehensive defence of homeopathy grounded in contemporary scientific research. Expanding on the 2017 “Special Dossier: Scientific Evidence in Homeopathy” published by the São Paulo Regional Medical Council, Teixeira seeks to dispel the misconception that homeopathy lacks scientific validity or that its therapeutic results stem merely from the placebo effect. The book begins by outlining the epistemological and therapeutic pri ciples of homeopathy — therapeutic similarity (similia similibus curentur), pathogenetic experimentation, the use of dynamized (ultradiluted) remedies, and individualized treatment. Teixeira draws parallels between homeopathic “secondary action” and the pharmacological rebound effect, presenting this as empirical support for the principle of similitude. He argues that ultradilutions can exhibit measurable biological activity, referencing studies on electromagnetic changes in water that may account for a “memory” effect. A substantial portion of the work examines epidemiological and clinical evidence. Teixeira reviews hundreds of studies — including randomized controlled trials (RCTs), systematic reviews, and meta-analyses — claiming that many demonstrate effects beyond placebo. He compares data showing similar proportions of positive outcomes in homeopathy and conventional medicine, suggesting methodological bias rather than inefficacy explains negative results. He also critiques studies such as Shang et al. (2005) and the Australian NHMRC report (2015) for alleged methodological flaws and selective reporting. The author denounces what he terms “pseudoscientific scepticism,” describing tactics used to discredit homeopathy, including ad hominem attacks, selective interpretation, and media-driven dissemination of bias. He calls for open-minded and rigorous scientific inquiry, asserting that accumulated empirical data substantiate homeopathy’s clinical effectiveness when properly applied. In conclusion, Teixeira’s book serves both as a scientific review and a polemic defence of homeopathy, emphasizing the importance of methodological rigour, epistemic fairness, and individualized patient care within holistic medicine. |